Investigadores do C2TN integram projeto PRISMAP que pretende promover alteração de paradigma na investigação de novos radiofármacos

O PRISMAP reúne um consórcio de 23 instituições de 13 países e é coordenado pelo CERN.

O uso de radioisótopos na medicina abre um leque de possibilidades, tanto para exames de diagnóstico como para o tratamento de doenças, sendo estes a principal base da medicina nuclear. O PRISMAP - The European Medical Isotope Programme: Production of high purity isotopes by mass separation -, um projeto europeu que conta com uma equipa de investigadores do Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares (C2TN) do Instituto Superior Técnico, pretende fornecer de forma sustentada novos radioisótopos médicos de elevada pureza aos diferentes investigadores envolvidos nesta área.

O projeto foi aprovado recentemente para financiamento no âmbito do INFRAIA-2020-1, do Programa Horizonte 2020 da Comissão Europeia, que integra e apoia a implementação de infraestruturas de investigação de interesse Europeu, e arrancou oficialmente no início deste mês de maio. O PRISMAP conquistou um financiamento total de quase 5 milhões de euros (4 995 257,5 €), dos quais 100 mil serão entregues à equipa do Técnico.

A equipa portuguesa inclui os investigadores António Paulo, António Pereira Gonçalves, João Galamba Correia e as investigadoras Lurdes Gano e Maria Paula Cabral Campello.

Ao C2TN caberá o desenvolvimento de investigação científica relevante para o consórcio, a dois níveis: preparação de novos materiais nanoestruturados, baseados em compostos de urânio, úteis para serem usados como alvos de espalação para a produção de radioisótopos médicos inovadores; e síntese e avaliação pré-clínica de novas moléculas ou nanopartículas marcadas com radioisótopos pouco explorados, tendo como objetivo introduzir novos medicamentos radioativos (radiofármacos) para aplicações de Imagiologia e Radioterapia Molecular, em particular para o diagnóstico, estadiamento e tratamento do cancro.

Mais informação.

Tópicos: